A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), que celebra em 2025 os seus 20 anos, lança a Fliporto Favela, uma iniciativa histórica que promete dar protagonismo às vozes periféricas no cenário literário nacional. Idealizada pelo curador e coordenador geral, o escritor Antonio Campos, a proposta marca uma nova fase do evento, com foco no reconhecimento dos saberes produzidos nas comunidades, com foco na valorização das narrativas periféricas e da diversidade cultural.
“A Fliporto Favela é um movimento de afirmação cultural. Uma celebração da literatura como ferramenta de resistência, inclusão e reconhecimento dos saberes produzidos nas periferias. Queremos amplificar as vozes que muitas vezes são silenciadas e criar um arquivo vivo da periferia.” Celebrou Antônio Campos
A Fliporto Favela vai integrar a programação da Fliporto 2025, que acontecerá de 13 a 16 de novembro, no Parque Dona Lindu, no Recife, com o tema “Literatura e Natureza”. A edição destaca os desafios climáticos e homenageia os poetas Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca.
Serão promovidos debates sobre comunicação comunitária, oficinas de leitura e oralidade, além da exposição “Baobá” e do “Slam A Voz da Favela”, voltado à poesia popular. A programação musical inclui bailes de brega e funk e shows de artistas como Emicida, MC Leozinho, Lia de Itamaracá e Arnaldo Antunes.
A iniciativa também traz ações como o “Circuito Favela-Livro”, que levará autores a bibliotecas comunitárias, e o estúdio móvel “Favela Fala”, com transmissões ao vivo de conteúdo cultural. O projeto, desenvolvido em parceria com a empreendedora social Altamiza Melo, busca democratizar o acesso à cultura e reconhecer as periferias como protagonistas da literatura e da arte brasileira.
